
Meu Alentejo despido
das riquezas dos trigais
em deserto consentido
te vejo cada vez mais
Quando passo p´las herdades
e as vejo sem renovo
fico cheia de saudade
das saudades do meu povo
Alentejo das cantigas
quem me dera ver-te agora
aureolado de espigas
sem sair de ti p´ra fora
É uma tão grande pena
ver tua humana sangria
trocando terra morena
por outra bastarda e fria
Foste em tempos que lá vão
agora de rosto em brasa
a pátria do nosso pão
de pão alvo em nossa casa
Alentejo desolado
rico torrão transtagano
acorda o teu passado
e volta a ser soberano.
Poema de Manela Galvão
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Manela Galvão